quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Copacabana / Puno - 14/09/2007


Acordamos às 7:00hs, tomamos um café num restaurante e depois fomos para a praia do Lago Titicaca de onde saía o barco para a Isla del Sol.
O passeio que nós contratamos foi de conhecer apenas a parte sul da ilha, retornando à ilha às 12:30hs.

O barco que nós havíamos contratado o passeio ele era para o passeio do dia todo, ou seja, retornava somente no final da tarde. Com isso tivemos que mudar de barco.
Pegamos o dinheiro de volta e interamos em mais B$5,00 cada para mudar de barco.
Quando nós entramos no barco fomos direto para a parte de cima para poder apreciar a paisagem e curtir melhor o passeio.

No barco nós conhecemos um brasileiro de São Paulo, Flávio seu nome. A partir desse momento nós formamos um só grupo.
Após uma hora e meia de navegação pelo lago, nós chegamos na Isla del Sol. A gente desce num pequeno cais e já temos contato com construções pré-incaicas.
Na ilha nós só temos uma hora para poder conhecer o máximo que puder.

Saindo da praia já começa uma escadaria imponente pela sua construção.
Contratamos o serviço de uma guia local para nos explicarmos sobre as coisas do lugar por B$7,00. O guia fica conosco aproximadamente 30 minutos. Ele acaba de nos explicar as coisas ao final da escadaria. Daí em diante você tem a opção de continuar subindo até o povoado.

Hamilton e o Flávio decidiram voltar e eu decidí seguir em frente. Continuei subindo um pouco mais o caminho para o povoado. Na subida lenta é possível sentir a energia positiva do lugar.
Subí 10 minutos mais até o começo do povoado. Decidí descer, pois tinha qye estar na praia às 11:00hs.

A partida do barco se deu às 11:10hs. De novo fomos em cima do barco.
Após 5 minutos de navegação, o barco pára num pequeno cais onde tem a ruína de uma construção pré-incaica. A entrada custava B$5,00, eu não tinha mais boliviano nenhum, oferecí US$1,00 à chola que ficava ba entrada da ruína controlando a entrada e ela aceitou.
A ruína é maravilhosa, tem vários quartos ou salas. Não sei se era uma casa ou ponto de observação de aproximação da ilha, só sei que essa ruína é surpreendente.

Em seguida voltei para o barco e fomos direto para Copacabana. Chegamos faltando apenas 30 minutos para sair o ônibus. No embarque do ônibus a gente reencontrou o Flávio.
Após 10 minutos de viagem já se chega na fronteira do Peru.

Todos descem do ônibus para fazer a aduana de saída da Bolívia, em seguida todos atravessam a fronteira a pá. O ônibus fica esperando do lado peruano. Após atravessar a fronteira é preciso passar pela aduana peruana.
Passaporte carimbado; troco os primeiros dólares por soles alí mesmo. Embarcamos no ônibus e seguimos viagem. Dentro do ônibus fica um homem oferecendo serviços de passeios e hospedagem em Puno e também passagens para Cusco.

Resolvemos fechar com ele um pacote de S$50,00 (soles) que continha:
- passeio para as ilhas flutuantes dos Uros
- passagem Puno/Cusco

Tudo era com horário casado. Ao desembarcarmos do ônibus em Puno já tinha uma van nos esperando para nos levarmos ao porto de onde sai os barcos para as ilhas flutuantes.
Chegamos no porto, eu perguntei ao motorista da van se tinha algum problema d'eu deixar uma sacola no carro, ele falou que não tinha problema.
Seguimos para o barco. Esperamos mais alguns minutos até chegarem umas turistas coroas.

Beleza, todo mundo dentro do barco. O guia, um cara muito safo do assunto "Uros", explicando todas as coisas necessárias e história antes de chegarmos às ilhas.
O barco depois de minutos de navegação se adentra o que eles chamam de rio, são canais naturais de totora.
A primeira ilha todos desembarcam. As velhas que entraram no barco cheio de gás, fotografando e filmando tudo, uma já não desceu.

A ilha é simplesmente impressionante. É difícil, talvez impossível passar usando palavras como vive aquele povo. A história deles, de como eles surgiram.
Vamos lá, vou tentar resumir a origem deles:




A civilização dos Uros se dá após o aparecimento dos Incas.
Os Incas tinham o costume escravizar outros povos mais fracos e menores para gerar mão de obra para suas construções. Os Uros eram um povo pequeno e pacífico que viviam às margens do Lago Titicaca.
Quando os Incas apareciam os Uros íam para o seus barcos e se adentravam ao lago, pois os Incas não ingressavam. O Lago Titicaca para os Incas era sagrado, então com isso eles nunca entravam no mesmo.
Daí em diante os Uros começaram a viver dentro do lago direto. Inicialmente eles viviam dentro de suas próprias embarcações, mas aí começou a acontecer vários acidentes, como crianças caíndo dentro da água e morrendo, incêndio. Fio quando eles começaram a desenvolver a técnica da criação das ilhas flutuantes.

A história é mais ou menos por aí.

Nessa ilha, o chefe nos explica várias coisas, como é feito a ilha, a ancoragem e outras coisas mais.
Após uma excelente explicação e andada pela ilha voltamos para o barco, partimos para uma outra ilha. Nessa ilha já estão as 3 velhas dormindo e nem se dão o trabalho de se mexerem para descer do barco.
O restante todo desceu do barco, fomos de encontro ao chefe dessa ilha. Cada ilha tem um chefe que é eleito de 6 em 6 meses um novo.

As ilhas flutuantes, o povo de rosto queimado do frio é algo imperdível, é simplesmente fantástico!!!


Voltamos para o porto para pegarmos a van para a rodoviária. Quando eu vejo a van era outra e a minha sacola tchau. Ainda bem que só tinha biscoitos, barras energéticas e um saquinho de bala de coca.
Chegamos na rodoviária às 19:00hs, o ônibus partia às 20:45hs. Jantamos no segundo andar da rodoviária. Tivemos o primeiro contato com "Inka Cola", muito bom o sabor, pena que é enjoativo se tomar muito.

O ônibus partiu com mais de meia hora de atraso. O ônibus era de dois andares, então o cara que nos vendeu o pacote foi muito legal com a gente, deixou o primeiro andar reservado somente para nós turistas, era o número certo, 8 passageiros.
A viagem foi longa e eu praticamente não conseguí dormir.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Quarto e Último Dia em La Paz / Copacabana- 13/09/2007

Acordamos cedo para deixar as mochilas arrumadas para a partida para Copacabana. Tomamos café e esperamos o transporte do passeio.
Já todo mundo dentro do micro-ônibus, partimos em direçao ao Vale de La Luna. O Vale fica praticamente na zona urbana de La Paz. É um passeio interessante, nada mais do que isso.

Poder observar como a natureza esculpiu uma regiao montanhosa em uma área que faz lembrar as fotos de regioes lunares. Meia hora de passeio guiado chegamos ao fim desse passeio.

Voltamos para o micro-ônibus e o destino agora era o Monte Chacaltaya. Lugar que realmente eu nao vía a hora de conhecer.
O caminho para lá passa por lugares que levantam dúvidas do tipo:
- Será que é esse caminho mesmo?
- Será que esse caminho é oficial?

Essas perguntas vem por que o caminho passa por lugares muito feios.
O começo da subida é uma estrada toda de chão e esburacada. Depois de minutos é possível ver o Monte Chacaltaya ao fundo.
Depois de um tempo a estrada fica menos pior, fora e longe de qualquer coisa. A subida é contínua.
Pelo caminho nós temos o primeiro contato com llamas, tinha um pequeno rebanho na beira da estrada. Fazemos uma pequena parada para tirarmos fotos dos montes nevados e lagos na parte de baixo. Em seguida continuamos continuamos subindo, o frio aumenta cada vez mais do lado de fora da van. Mais chão e o gelo começa a aparecer pelo caminho, a cada metro andado a quantidade de gelo é maior, até que chega uma parte que é gelo pra todo lado.

Alguns minutos depois é possível ver a estação. Chegando a estação eu vejo uma coisa que eu não conseguía acreditar, um cachorro "vira-lata pêlo curto safado" brincando na neve tentando pegar dois pássaros que estavam por lá.
A van passou direto pelo cachorro.
Quando a van pára e eu desço, quem já estava por lá olhando todos os passageiros? Ele mesmo, o vira-lata pelo curto safado.

A gente anda bem devagar até a estação do Chacaltaya.
Na chegada ao Chacaltaya eu me lembrei do comentário de uma outra pessoa que já tinha ido lá, pois comigo foi a mesma coisa. Foi assim: eu nao sentí nada quando cheguei lá, nao sentí meus braços, minhas pernas, cabeça, nao sentí nada.

O frio, a altitude tudo sao características fortes para a passada ser muito lenta.
A gente entra pela estaçao, atravessa ela e sai pelo outro lado para podermos subirmos 200 metros até um pico. A subida é muito lenta, sao poucos passos e muita respiraçao com pouco oxigênio. A neve começa a cair. Todos tiram várias fotos. É inevitável nao brincar com a neve. A subida é muito difícil, a cabeça ainda dói um pouco. A respiraçao fica muito ofegante. Mas ainda assim é muito prazeroso ir ao Chacaltaya.

Estava conversando com a guia e ela estava falando que nao seria capaz de ver nada no topo, pois estava tudo nublado, entao com isso eu resolvo parar a subida na metade. Era até uma boa desculpa também pra mim, pois estava quase morto sem oxigênio.
Após uma sessao de várias fotos eu começo a descer. A descida tem que ser bem lenta, pois o gelo escorrega muito e tem várias pedras pelo caminho.
Quando chego na estação fico do lado de fora, deixando a neve cair no corpo. Só depois resolvo entrar na estação.

Dentro também tem uma área onde as pessoas podem tomar café quente, chá de coca, se alimentarem e descansar um pouco. Após uns 15 minutos de descanso a gente embarca na van para o retorno à La Paz.

Chegando à La Paz nós fomos pegar os casacos impermeáveis que tínhamos mandado fazer. Acertamos o saldo restante, o casaco custou B$265,00.
Fomos ao hotel, pegamos nossas mochilas e fomos para a rodoviária. Chegamos às 16:30hs e a saída era para 17:30hs. Me apresentei no guichê e a vendedora falou que iria me chamar às 17:00hs.
Quando foi 17:00hs ela falou para eu ir com um motorista de táxi que trabalhava para ela até o ponto da van que nos levaria para Copacabana. A partida teve um pouco de atraso como em tudo na Bolívia tem.

Três horas de estrada a van pára na beira de um estreito do Lago Titicaca, algumas pessoas desembarcam da van para atravessar o estreito de barco. Eu prefiro acompanhar a van na balsa e pelo lado de fora.
A van embarca na balsa de madeira motorizada e eu fico do lado de fora tomando cuidado para nao cair nos buracos que ela tem. Para eles é trabalho, para mim foi um passeio de 12 minutos, além de muito frio na passagem é muito lindo ver um céu tao estrelado. Passageiros da van também tem que pagar B$2,00 para a balsa.

Ao chegar do outro lado embarco na van para seguir viagem. Copacabana fica a uns 20 minutos desse ponto.
Chegamos em Copacabana às 21:20hs. Pegamos uma rua que estava bem iluminada e paramos no primeiro hotel que encontramos, pois estávamos cansados demais para ficar rodando preço e além do mais a estadia foi de B$40,00.
Nós tomamos um banho e descemos para pagar a conta e jantarmos. O dono do hotel, Sr. Félix, vendia também o passeio para Isla del Sol e as passagens para Puno.

O total da conta foi:
estadia - B$40,00
passeio para Isla del Sol - B$25,00 cada
passagem Copacabana/Puno - B$25,00 cada
Saímos para jantar e a conta foi de B$35,00 para os dois.

Terceiro Dia em La Paz - 12/09/2007

Acordei já me sentindo um pouco melhor apesar de ainda ter tido um pouco de dor de cabeça de madrugada.
Fomos tomar café. Depois eu levei o Hamilton para ver as mochilas na "Calle Graneros", também nao teve nenhuma que se adequasse à necessidade e gosto dele. Saímos de lá em direçao ao Shopping Norte para procurar, pois eu nao tinha ido na noite anterior.
Nessa mesma rua tem várias lojas de artigo de couro. Rodei praticamente todas as lojas de couro dessa rua procurando por um casaco para mim e um para minha esposa. Conseguí comprar o dela numa loja por B$330,00(US$42,00) e o meu numa outra loja por B$420,00(US$55,00).

Seguímos entao em direçao ao Shopping Norte, chegando lá rodamos e nao achamos nada, pegamos informaçoes de outros lugares que poderiam haver mochilas, mas nenhuma era de qualidade.
Desístimos de procurar e fomos andar à toa, conhecer a Plaza Murillo, onde fica a sede do governo, o palácio legislativo e outras coisas.
Andamos até nos cansarmos. Fomos almoçar no Shopping Norte no 6º piso a conta deu B$65,00, dois pratos mais três refrigerantes.

Depois fomos pegar os casacos de couro que já tinha pago uma parte mas nao tinha levado. Em seguida fomos até a agência de turismo "Alberth Tours" para fechar o pacote do "Vale de La Lluna" e "Monte Chacaltaya", apesar de ainda estar inseguro com o meu estado físico; o pacote saiu por B$50,00 cada um.
Saindo da agência fomos à rodoviária comprar as passagens para Copacabana.


Chegando na rodoviária começamos a procurar por alguma empresa que fizesse La Paz/Copacabana depois das 17:00hs, pois era a hora que nós já teríamos retornado do passeio.
Uma senhora de uma empresa nos informou que ônibus para La Paz só tinha no horário da manha, que na parte da tarde nenhuma empresa fazia esse trajeto devido o perigo da travessia que o ônibus tem que fazer usando uma balsa.
Já conformado em pegar ônibus só um dia depois, eu ví uma empresa com propaganda para Copacabana às 17:30hs. Chegando na empresa a senhora explicou que nao se tratava de ônibus e sim de uma van; ela falou o que nós já sabíamos dos horários e explicou que van nao tinha esses problemas por ser um transporte pequeno com poucas pessoas e de pequeno porte. Com isso, fechamos o negócio para 17:30hs do dia 13/09/2007.

Depois fomos para o hotel descansarmos. Eu tomei um banho e partí para a lan house ao custo de B$5,00 a hora.

sábado, 15 de setembro de 2007

Segundo dia em La Paz - 11/09/2007

A noite foi um pouco difícil pois a dor de cabeça nao passava.
Acordamos às 7:00hs, tomamos café e esperamos o micro-ônibus chegar para nos levar à Tiwanaku.
Quando foi 8:30hs todos já estavam no ônibus e partimos em direçao ao sítio arqueológico de Tiwanaku.
Na entrada, primeiro sao visitados dois museus os quais o guia vai explicando todas partes, salas, monolitos e outras coisas. A explicaçao do guia é totalmente esclarecedor com as dúvidas que surgem a respeito do povo pré-incaico.

Em seguida fomos para o sítio arqueológico de Tiwanaku.
É um lugar simplesmente mágico, é possível sentir além do soroche a energia que esse lugar emana.
Várias perguntas vem a sua mente no momento da visita.
Como eles eram? Quem eram eles realmente? Como eles foram dizimados? De onde veio tamanha sabedoria para as construçoes? E muitas outras perguntas vem à mente.

Eu ví algumas pessoas comentando na internet que é possível conhecer Tiwanaku desvinculado de uma agência. Eu acho que é uma economia burra. Ir para Tiwanaku e nao ter explicaçoes dos significados das pedras, as posiçoes delas, os desenhos que elas contém, é apenas ver um monte de pedras.


Entao a minha opiniao é a seguinte: contrate uma agência, nao é caro, custa só B$50,00, o que dá em média R$13,00.

Após a visita o guia nos leva a um restaurante em Tiwanaku mesmo para almoçarmos. Comemos um bife de llama com arroz, batata e salada(bisteck de llama con arroz, papas fritas y ensalada). A carne de llama estava aprovada, mas o prato em geral foi ruim, pois só comó o bife de llama e o arroz, a batata era óleo puro. A conta nao foi barata, deu B$20,00 para cada.

A volta para La Paz é possível ver ao longe as Cordillheira dos Andes, é uma imagem simplesmente linda.

Na entrada de La Paz o motorista pára o ônibus para tirarmos fotos de La Paz.
Eu coloquei algumas fotos de La Paz para que vocês mesmos cheguem a uma conclusão do que parece La Paz.


Chegamos ao hotel, descansei um pouco, Quando foi à noite eu ía ao Shopping Norte para procurar alguma loja que pudesse ter a mochila que estava procurando, mas no caminho parei em uma agência de turismo o qual tinha visto umas mochilas penduradas, pensando que ele poderia estar vendendo.
O dono disse que as mochilas eram de segunda mao, entao ele me indicou uma loja na "Calle Graneros nº395", o qual poderia achar boas mochilas.
No caminho ví uma loja da FairPlay, aquela que vende tênis e já fiquei decidido de passar nela para comprar tênis.
Fui até a loja de bolsas. O gerente Miguel me mostrou todas as mochilas e realmente tinha boas mochilas, da marca Nikko e outras. Mas nao achei nenhuma que se adequasse à minha necessidade e gosto. Para quem for comprar mochila por là eu aviso que é somente em dinheiro que a maioria das lojas trabalham.

Saindo dela fui à FairPlay que fica na "Avenida Illampu" esquina com a Calle Graneros, fui atendido pelo Elio.
Como eu já havia comentado, um tênis da Adidas que é vendido à R$599,00 estava US$107,00 nessa loja. Perdí a linha e comprei dois pares, um que custou US$107,00 e ou por US$83,00. O bom é que pode pagar com cartão de crédito.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Chegando em La Paz - 10/09/2007

Fomos para a rodoviária de Cochabamba pegar o ônibus com saída para 22:45hs, direçao La Paz. Dessa vez nao enganaram a gente, o ônibus foi realmente o que nos foi vendido a passagem, um ônibus de dois andares com 4 eixos.
A passagem custou B$60,00 mais B$2,50 a taxa de embarque, o nome da empresa é "Jumbo Bus Cosmos".

O ônibus saiu com meia hora de atraso, mas saiu. Quando foi de madrugada a vontade de urinar aumentou que eu tive que ir ao banheiro, o meu medo era o banheiro nao estar funcionando, mas fui. Descí a escada e ví uma trouxa de roupa enorme na porta, comecei a empurrar com o pé a trouxa, quando daí a trouxa começcou a se mover sozinho; aí eu ví que nao se tratava de uma trouxa de roupa e sim de uma chola que estava dormindo na porta. Ela se levantou e eu entrei. No banheiro a luz nao funcionava, tive que ser muito habilidoso com meu amigao para nao errar a mira, senao poderia urinar nos meus pés. Acabado saí do babheiro e pedí desculpas a chola e ela voltou para o lugar dela.

Chegamos em La Paz em torno das 6:30hs, fazia aproximadamente 10ºC. Pegamos um táxi e descemos na "Avenida Illampu" para procurar por um hostal, rodamos uns diferentes, até que achamos um de excelente tamanho para a gente.


O nome é "Cruz de Los Andes", fica na Calle Aroma nº216, essa rua é transversal à Avenida Illampu. A diária foi de US$20,00 com serviçvo completo, que daria US$10,00 para cada um a diária. Essa avenida é bem no meio do mitiê, ou seja, é um excelente lugar para se hospedar, pois é perto de tudo.
Quando foi em torno das 10:00hs nós saímos conhecer a regiao e comprar as roupas que necessitávamos para fazer a trilha, conhecer o Monte Chacaltaya e também o Salar de Uyuni.

A rua de maior movimento para os turistas é a "Calle Sagarnaga", no caminho para ela paramos numa agência de turismo para nos informamos sobre a ida à Tiwanaku, ao Vale de La Lluna e ao Monte Chacaltay.
O donos da agência sao um casal super atenciosos, de nomes Juan e Miroslavia. O passeio para Tiwanaku custou B$50,00; o serviço era levar, trazer e um guia explicando tudo, chegando em Tiwanaku sao mais B$80,00 para a entrada do sítio arqueológico.

Eu falei para o Juan(dono da agência) que fecharíamos para Tiwanaku naquele momento, mas para o Chacaltaya deixaríamos para quinta-feira(13/09) quando já estaríamos mais aclimatado.
Juan havia comentado que para quem tinha acabado de chegar em La Paz eu estava super bem, pra que ele foi comentar isso?

Saindo da agência dele, meu coraçao saiu do peito e foi para a cabeça. Comecei a sentir uma dor de cabeça horrível. Eu tinha comprado uma cartela de Sorojchi Pills, entao tomei uma cápsula para ver se melhorava, nao adiantou muita coisa. Comecei a apelar, pois o negócio estava muito feio, tinha um pouco de folha de coca no bolso, peguei um punhado e mandei para a boca; mas nao adianta o troço é simplesmente muito ruim, nao dava mesmo. Entao com isso tive que ficar com uma dor de cabeça de cabeça enorme e náusea também.
Conseguí achar as lojas das quais procurava na Calle Sagarnaga. Lojas que vendem roupas para trilha, com um preço muito mais em conta que no Brasil. Continuamos andando sem comprar nada ainda, pois queria conhecer primeiro o lugar. Fomos descendo a Sagarnaga até o final dela, que acaba na igreja de Sao Francisco.


Entramos para conhecê-la e eu fiquei pasmo com tamanha beleza e perfeiçao que é o seu interior, infelizmente nao pudemos tirar fotos de seu interior porque é proibido. Eu conheço as principais igrejas do Pelourinho(BA), mas nenhuma chega aos pés em matéria de beleza e riqueza comparada com a igreja de Sao Francisco de La Paz.


Saímos da igreja e fomos cambiar dólares, passei em duas lojas de câmbio para me aborrecer, pois eles implicaram com duas notas de US$5,00 que eu tinha, simplesmente porque elas estavam um pouco sujas, entao nao quiseram trocar; assim eu pegava os US$100,00 que queria trocar de volta. Era tudo ou nada. Eles sao muito engraçados, eles exigem que os dólares sejam novos, mas quando trocam por bolivianos, só vem notas velhas e sujas. Teve um agente que teve a cara de pau de recusar uma nota de US$10,00 porque ela tinha sido lavada
Achei uma casa de câmbio que trocou os US$100,00 sem implicar.

Quando saímos da agência estava acontecendo um protesto com milhares de pessoas, tinham muitos policiais na rua. Os manifestantes gritavam, soltavam fogos e até bombas chegaram a ser lançadas.

A partir desse momento ví que realmente estava na Bolívia que todo mundo falava.

Quando amenizou um pouco a situaçao cruzamos o protesto e começamos a subir uma rua, vímos um shopping de nome "Shopping Norte". Achei uma loja de tênis e ví Adidas que no Brasil é vendido por R$699,00 sendo vendido por US$100,00. Pensei, antes de ir embora comprarei pelo menos um par. Nao rodei o shopping nesse dia pois o meu soroche tinha piorado. Eu só queria ir para o hotel descansar. Pegamos um táxi na porta do shopping até o hotel que custou B$8,00.

Quando cheguei no hotel, tomei um banho e deitei. Horas depois já estava menos pior, chamei o Hamilton para fazermos as compras das roupas. Voltamos para a Sagarnaga pois já sabia o que ía comprar e onde.

Primeiro fomos na "Mammut Outdoor" comprar um casaco Wind-stop, custou B$250,00; na mesma loja comprei também um calça segunda pele tipo polar por B$130,00.
Em seguida fomos na "High Camp-Bolivia", comprei um casaco tipo fleece por B$60,00.
Em seguinda fomos na "Elma Tours Adventures", comprei um casaco impermeável com capuz por B$265,00 e um par de luvas por B$50,00.
Assim só ficava faltando as mochilas.

Endereços:

Hospedaje Cruz de Los Andes
Calle Aroma nº216, Zona Rosario
essa hospedagem é esquina com a Avenida Illampu (se diz: Abenida Ilhampu)

Alberth Bolivia Tours
Avenida Illampu nº742 mezanine
falar com Juan ou Miroslavia

Lojas:

Elma Tours Adventures
Calle Sagárnaga nº334
essa loja é na Galeria do Hostal Maya em frente ao Hostal Alem

Mammut Outdoor
Calle Sagárnaga nº339
essa loja é na Galeria do Hostal Alem em frente ao Hostal Maya

High Camp-Bolivia
Calle Sagárnaga nº189 - loja 101 - Edif. Michel
Falar com Glória

Fair Play Store (loja de tênis)
Shopping Norte
local 209

Chegando em Cochabamba - 09/09/2007


Saímos de Sta. Cruz de La Sierra às 21:30hs. No embarque como de costume o ônibus nao foi o mesmo, como de costume, ele nao era o mesmo da foto o qual tínhamos comprado a passagem. Mas o ônibus também nao era ruim, era um bus cama, como eles chamam.
Com um hora de viagem o ônibus furou o pneu, o socorro chegou rápido e ficamos parado no máximo meia-hora.

Nessa parada eu descí do ônibus para tirar algumas fotos, tinha algumas tendas por perto e foi aí que eu tive o meu primeiro contato com a maldita folha de coca. Comprei um saquinho de B$3,00, peguei um punhado e coloquei na boca.
NOSSA QUE COISA HORRÍVEL É ESSA??!!!
COMO AS PESSOAS PODEM FICAR MASTIGANDO ESSE TROÇO O DIA TODO??!!!
Estou ferrado nao vou conseguir me dar com esse troço.

Em seguida seguimos viagem. É uma viagem lenta, pois a estrada é perigosa e tem muitos buracos.
Chegamos em Cochabamba às 7:30hs. Logo na saída do ônibus já procuramos por uma empresa de ônibus que fizesse o trajeto Coachabamba/La Paz e que tivesse a fachada do guichê bonita; compramos a passagem para 22:15hs e custou B$60,00.
Saímos da rodoviária para procurar um lugar para repousar e conhecer a cidade até a partida para La Paz.



Achamos um hostal de nome "Elisa" que custou B$60,00. É um quarto com duas camas, muito confortável, limpo, água quente, piso acarpetado.
Tomamos café da manha por B$12,00 cada pessoa, o café nao é incluído na hospedagem.
Após termos tomado banho, saímos para conhecer a cidade.



Cochabamba nao tem muito o que fazer, entao nós pegamos um táxi até o Cristo de La Concórdia. O Cristo fica a 265mt acima da cidade, por todos lados tem um mirante para ver a paisagem.
Cochabamba está a aproximadamente a 2600mt de altitude. O Cristo está a 2850mt, o lugar em que o carro pára até a base do Cristo é necessário subir de escada, daí já é possível sentir o começo do mal de altitude, nao é forte ainda mas é alguma coisa.
No caminho do Cristo nós passamos pela Laguna Alalay, é um lago bem no meio da cidade, que é atraçao turística. Nao precisa parar na Laguna Alalay, apenas passar já está de bom tamanho.

Após o Cristo perguntamos ao taxista se ele conhecia algum shopping. Ele nos levou até o Sofer Shopping, mas estava tudo fechado pois era domingo.
Esse trajeto de táxi foi B$80,00; carinho mas ele andou bastante com a gente.
Após termos dado com os burros n'água no shopping, pegamos outro táxi para ir até um lugar chamado "Boulevard Recolleta", que é centro gastrônomico, almoçamos na "Churrasqueria Tunari". Eu pedí churrasco com aipim(mandioca) frito, a conta deu R$37,00 para cada um.

Em seguida pegamos um táxi de volta ao "Hostal Elisa" por B$7,00.
Tomei um banho e fui descansar, pois tinha tempo de sobra até o embarque para La Paz. Estava sonhando com meu lindo filho(Jean Lucas) quando acordei com um som de música andina, reclamei comigo, isso é lugar de se colocar CD para tocar em volume alto?
Saí do quarto para ver quem era que estava com o som alto quando me deparei com um grupo todo tocando. Na mesma hora passei a mao na câmera e filmadora para registrar aquele momento que eu estava vivendo. Às vezes eu acho que tenho sorte, poder ser acordado com música andia da melhor qualidade ao vivo nao é para qualquer um.
Comecei a filmar todas as músicas, eles eram um de senhoras, senhores e um rapaz na flauta; uma sonoridade que nao tem como explicar, só assistindo mesmo. Depois de quase meia-hora de filmagem eles pararam de tocar. Ao final conversei um pouco com eles. Eles estavam ensaiando para uma apresentaçao que iriam fazer em Cochabamba. O nome da banda é "Estudiantina Coroico", eles sao de Coroico que é um povoado localizado em La Paz.

Saímos do Hostal Elisa às 21:00hs, paramos num restaurante pé sujo para comer, perto da rodoviária, nao achamos nenhum lugar decente para comer, Hamilton nao quis comer, tive que encarar sozinho, frango, arroz e batata fritas mais refrigerante, tudo deu B$10,00.