sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Terceiro dia em Cusco - 17/09/2007

Acordamos às 7:00hs, fomos até um restaurante tomar café por S$5,00, café completo.
Depois voltamos para o hotel, pois o dono da agência de turismo nos pegaria para nos levar até o ônibus do passeio.
Bem, esse passeio que ainda faz parte do passeio do dia anterior, é o passeio ao Vale Sagrado. Os lugares não são tão pertos de Cusco como o do primeiro dia.
Fomos até o micro-ônibus e em seguida partimos, o destino agora era "Pisaq".
No caminho a Pisaq, damos uma parada num mirante para tirar fotos do Vale do Rio Urubamba, as fotos desse lugar são clássicas e eu não podía deixar de tirar. Após 33 kilometros, chegamos a Pisaq.
Da entrada até o sítio tem que andar um pouco, já é um bom começo para testar o fôlego para a trilha. :-)
Pisaq era uma cidade com parte agrícola, uma parte urbana e outra parte para estudos astronômicos. Hoje muito famoso pelo observatório que tem lá.
Chegando lá o guia começa a explicar sobre a cidade, após a explicação é possível caminhar um pouco pela cidade. Ir na parte alta da cidade, explorar um pouco é sempre bom.
Na volta eu o Flávio nos separamos um pouco do grupo porque queríamos tirar mais algumas fotos e sabíamos que conseguiríamos alcançar todos, pois seria mais descida.
Conhecemos o que queríamos conhecer, tiramos as fotos que queríamos e depois voltamos rápido até o ônibus.

Embarcamos no ônibus e o destino agora era Ollantaytambo, mas antes fizemos uma parada em um restaurante para almoçarmos. Comida muito boa e muito bem servida.
Após o almoço aí sim seguimos para Ollantaytambo. Esse foi realmente o ponto alto do passeio.
Ao passar o portal de entrada de Ollantaytambo não tem quem não fique deslumbrada com o tamanho do lugar, características e beleza. As terraças de cultivo construídas montanha acima é imponente.
A gente pegou a escada para ir ao topo, no meio do caminho paramos para ouvir as explicações do guia sobre o lugar.
Ollantaytambo foi um "tambo", uma cidade dormitório, o qual os "Chaskis" (índios mensageiros) paravam para descansar, passar as mensagens para outro continuar a viagem levando a mensagem até o destinatário.
Em uma outra montanha em frente, tem uma construção que foi usado como depósito dos alimentados cultivados nas terraças. Esse depósito fica numa face da montanha em que mesmo no verão sempre faz frio, nesse lugar os ventos são fortes e frios; dessa maneira os alimentos eram conservados por bastante.
Muito interessante também é a imagem de um índio esculpida ao lado esquerdo desse armazém, essa obra é enorme e aparentemente ela não foi concluída por algum motivo qualquer.
Mas continuando a olhar para essa mesma montanha, mas só que mais longe e para a esquerda, é possível ver uma outra imagem de um índio de perfil esculpido na pedra; mas essa é realmente fascinante. Você pára e se pergunta: "Como que esses caras chegaram lá e fizeram isso?"
Após ver essas coisas todas e ter essas explicações a gente dá continuidade na escada até o topo de Ollantaytambo.
No topo tem um observatório astronômico, paredes feitas com pedras enormes e lisas, divididas por estreitas pedras, mas totalmente juntas umas das outras. Elas são todas muito polidas.
Essas divisões eram para o caso de ter abalos sísmicos, caso acontecesse iriam quebrar as pedras finas e não as grandes. Os caras eram inteligentes pra cacete.
Após ter outras explicações do guia no topo de Ollantaytambo, se tem um tempo livre para conhecer o lugar, foi aí que eu Flávio danamos a andar, explorando cada canto do lugar, é simplesmente impressionante.
Começamos a descer as escadas pelo o outro de Ollantaytambo, quando se chega na parte de baixo é que a ficha cai em relação ao tamanho do lugar.

Final de Ollantaytambo entramos no ônibus e partímos em direção ao Sítio Arqueológico de Chinchero. O ônibus pára na entrada e seguímos o caminho a pé. Primeira parada em Chinchero é um lugar onde tem as cholas peruanas que trabalham na confecção de peças de lã de alpaca.
Elas fazem demonstrações de todo o processo que a lã passa para chegar no produto final. Desde a tosa da alpaca até a peça pronta. Como é feita a limpeza da lã, o tingimento e tudo mais. É muito interessante como elas conseguem extrair da natureza todos produtos necessários para o tingimento e fixação da cor na lã. Após termos as explicações sobre o trabalho dela, nós temos um tempinho para poder comprar as coisas que elas mesmas produzem. Acabei comprando um casaco para a minha mãe, por um preço bem legal.

Saímos da confecção e fomos para a igreja de Chinchero. Essa igreja foi construía em cima de um templo inca. Uma igreja pequena em comparaçao com as igrejas de Cusco, mas como todas outras cheio de riqueza, é ouro pra tudo quanto é lado.
Muito legal ver como os espanhóis foram gente boa em ter matado todos os incas e ainda ter construído igrejas em cima de seus templos.

Bem, saindo de Chinchero um pouco revoltado com a história, retornamos para o ônibus para finalizar o passeio.

sábado, 20 de outubro de 2007

Segundo dia em Cusco - 16/09/2007

Acordamos em torno de 9:00hs. Fomos até a Calle Procuradores, onde tem uma concentração restaurantes muito boa, para tomar café da manhã. O café sai por S$6,00 em média.
Saindo do restaurante fomos andar na Plaza de Armas, chegando nela vímos que estava tendo desfile cívico. Depois ficamos sabendo que todo domingo tem desfile cívico em Cusco. O povo peruano é muito nacionalista, uma coisa muito legal de se ver.
Apresentação de escolas, exército e outros. Agora veja a diferença, no Brasil é uma vez por ano e o pessoal desfila por pura obrigação, em Cusco é todo domingo e você vê que o pessoal faz aquilo com prazer. Todos os parentes estão presentes, fotografando e filmando, muito legal mesmo.
Acabando o desfile fomos andar um pouco mais pela praça e redondezas.

Cusco é lindo demais, uma cidade maravilhosa.

Em qualquer lugar de Cusco que se vai tem história, muita história.
Entrando nas ruas ao redor da Plaza de Armas é possível ver construções espanholas feitas em cima de construções incas. As igrejas são maravilhosas, cada uma mais linda que a outra e olha que nesse dia a gente não entrou em nenhuma.
Após termos rodado algumas ruas já estava na hora do encontro que teríamos com o vendedor do passaporte do City Tour, fomos ao encontro dele e ele nos levou até o ponto em que saía o micro ônibus do passeio.
Todo mundo embarcado, entra o guia ele se apresenta em espanhol e inglês e partímos para o tour. Esse passeio começa pelo centro urbano de Cusco e o primeiro ponto histórico que paramos é o Qorikancha.
Qorikancha não faz parte do passaporte, é necessário pagar S$6,00 para conhecer esse lugar.
Esse lugar na verdade é o Convento de Santo Domingo, a igreja muito boazinha na época, mandou destruir um templo inca enorme que fica no centro de Cusco para construir essa igreja, muito legal da parte da igreja, não acham?
Bem, eles aproveitaram toda base e construção inca para levantar esse convento, mas deixaram várias coisas incas originais dentro do convento, em todo de todo mal ainda restou coisas boas nos atos da igreja.
Vejam bem, não estou falando mal da igreja católica de hoje, mas naquela época eles não foram nenhum santinho.
Visitar Qorikancha é um começo maravilhoso de imersão na cultura inca. Vale muito a pena conhecer esse lugar.

Voltamos para o ônibus e o destino agora era Sacsayuaman. Esse lugar é na parte alta de Cusco.

Sacsayuaman é simplesmente maravilhoso.

O lugar é colossal, é difícil de acreditar nos primeiros minutos o tamanho todo em que você se encontra, é possível se sentir um formiga. É um lugar colossal.
As paredes são feitas no formato de raio, em cada curva do lugar são rochas que medem em média 8 metros de altura e pesam em torno de 100 à 120 toneladas; estou falando de apenas uma rocha, lembrando que são várias em Sacsayuaman com essa característica.
É possível apreciar a perfeição das obras incas em escala gigante, o qual eles encaixavam as rochas perfeitamente umas nas outras, sem deixar nenhum vão entre as mesmas.
Depois de ouvir as explicações do guia pudemos caminhar e conhecer Sacsayuaman.

Voltamos para o ônibus e o destino agora era Q'enqo.
Nesse lugar a visita é rápida, uma explicação do guia sobre o lugar e uma volta por dentro do túnel feito pelos incas. Q'enqo era um lugar sagrado para os incas, feito para os homens mais importantes de Cusco poderem fazer o seu culto e provavelmente poderem conversarem sobre o o rumo ser tomado pelos incas.

De volta para o ônibus, agora o destino é Puca Pucara, mas é uma visita feita de longe, ou seja, o guia explica sobre o lugar e você tem a oportunidade de tirar fotos de longe. Vendo bem, Puca Pucara não tem mesmo muito pra ver.
Voltamos para o ônibus e o destino agora era "Tambomachay", é bem próximo a Puca Pucara. Na entrada de Tambomachay tem uma guarita o qual um funcionário do sítio fura o passaporte, o ônibus fica do lado de fora e é necessário caminhar um pouco até o sistema de aqueduto. Simplesmente impressionante Tambomachay, um lugar feito para o culta da água e dizem também que o imperador gostava de repousar por alí.

Ver como funciona perfeitamente todo sistema de água até hoje é perfeito.
O guia chama o grupo e explica sobre o lugar, aliás todas as explicações são realmente muito esclarecedoras e muita aula de história.
Após conhecer Tambomachay a gente regressa para o ônibus, o destino agora era Cusco para o fim do passeio, mas antes uma parada numa venda que provavelmente é parente do guia do passeio, mas é um bom lugar para poder comprar alguma lembrança, mas não se anime muito, comprei um jogo de xadrez para o meu filho e no dia seguinte ví um igual por menos da metade do preço em Pisaq.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Primeiro dia em Cusco - 15/09/2007

Uma viagem cansativa, muito frio à noite, não conseguí dormir praticamente nada.
Chegamos em Cusco em torno das 6:00hs da manhã. Descemos na rodoviária, pegamos um táxi até a Plaza de Armas, o cara nos cobrou S$5,00 (soles).

Chegamos na Plaza de Armas e começamos a procurar um hostal bom e barato, fomos em alguns até acharmos um com excelente localização e um bom preço, o dono nos cobrou 60 soles a diária, dividindo pra 3 não saía caro.
O nome do Hostal é "Hostal Rojas", fica na Calle Tigre à uma quadra da Plaza de Armas.

Nos instalamos no quarto, tomamos um banho e partimos para a rua.
Saímos e pegamos a Calle Procuradores, essa rua é muito bem servido de restaurantes, agências de turismo, lojas e outras coisas.
Entramos numa agência para pegarmos informações sobre o City Tour. Não nos preocupamos em escolher agência, já que para isso a maioria é a mesma coisa. O preço é o mesmo e você acaba sendo encaixado com pessoas que vieram de outras agências.

O pacote ficou fechado em:
- Passaporte para os pontos turísticos - S$70,00
- Serviço de traslado com guia(espanhol e inglês) - S$70,00

A melhor coisa pra fazer é comprar o passaporte, sai muito mais barato do que ir aos lugares e pagar individualmente cada lugar.

Saímos da agência e fomos explorar um pouco Cusco, começamos a andar pela Plaza de Armas, depois pegamos a Avenida El Sol, a intenção era conhecer um pouco de Cusco e chegar à agência de turismo que nos tinha vendido o pacote para a trilha Inca, agência Amazing Adventures, que fica na Av. Collasuyo Nº 517 Urb. Miravalle.
Nós inocentemente começamos a andar procurando por ela, pensando que era pela redondeza, pois a idéia que fazíamos é que todas as agências se localizavam próximas à Plaza de Armas. Mas de uma hora depois desistimos de andar, pois já era meio-dia a fome apertava, estava um puta sol e pelo jeito ainda estávamos longe.
Começamos a caminhar em direção à Plaza de Armas procurando um restaurante. Achamos um pelo caminho que servia menu turístico por S$10,00; aliás esse valor será na maioria dos lugares para o menu turístico. Esse menu é basicamente assim:
- entrada (pão ao alho)
- sopa
- prato principal
- copo de refresco

Pedímos uma jarra grande de limonada e pagamos por fora do menu; estávamos cheio de sede.
No Peru se come muito bem, tanto em relação à quantidade quanto à qualidade. Pra mim era muito diferente da Bolívia, pois nessa não conseguía achar comida realmente boa.

Voltamos para a Calle Procuradores e começamos a procurar pelas coisas que faltava para a gente poder fazer a trilha que era uma mochila decente e um saco de dormir.
Comecei a procurar por uma lan house para pode ligar para casa usando o skype, aliás esse é o melhor sistema para ligações internacionais, numa lan house decente a ligação fica perfeita.
Missão cumprida, já tinha idéia de onde poderia comprar os ítens que me faltava e já tinha ligado pra casa. Voltamos para o hotel para poder descansar, isso já era umas 17:00hs.

À noite saímos para jantar, decidímos que o nosso primeiro jantar em Cusco seria em algum restaurante legal de frente para a Plaza de Armas, pois a vista de qualquer restaurante da praça é deslumbrante. Várias pessoas que trabalham nos restaurantes abordam os turistas com o cardápio na mão, na rua mesmo. O legal que mesmo sendo assim existe uma organização, pois quando um está mostrando o cardápio, outro não pode se aproximar. Aconteceu isso nesse dia com a gente. Tinha um rapaz nos mostrando o cardápio e veio uma menina com outro cardápio para nos mostrar, de longe uma guarda municipal víu a situação e pediu para que a menina se afastasse; ela só se aproximou quando dispensamos o rapaz. Daí é possível como existe uma organização muito bem trabalhada em Cusco no que tange o turismo.


Acabamos escolhendo o restaurante do rapaz mesmo, nesse pedímos uma pizza família e um refrigerante de um litro.
Após termos comido, fomos procurar pela famosa Mama África. Fomos até o final da praça, nos informamos e vímos que o Mama África era praticamente do lado onde havíamos comido.
No trajeto de volta em direção ao Mama África, já vem uma rapaziada abordando entregando cupons de drinks grátis para os bares que tem pela redondeza. Pegamos todos e dizíamos para todos eles que iríamos, a intenção era eles pararem de encherem o saco.

Entramos no Mama África, estava vazio, sentamos numa mesa, tinha um tabuleiro de xadrez e joguei uma partida com o Flávio. Pedímos bebidas, que por sinal não é nada barato até mesmo para os brasileiros; uma cerveja custa S$8,00, isso dava aproximadamente R$5,00, um refrigerante acho que era S$5,00. Ficamos por lá aproximadamente 40 minutos e partímos.
Nós tínhamos no bolso papéis de drink grátis do Up Town, procuramos e fomos até lá. Chegando lá vímos que era bem mais animado que o Mama África. Como eu tinha drink grátis e eu não bebo nada, pedí uma Cuba Libre sem álcool, o cara ficou me olhando como se eu fosse um ET, mas beleza lá veio um copo de refrigerante puro, que por sinal era horrível, pois era uma tubaína vagabunda, mas como era de graça fiz um esforço e tomei.

Nesse lugar ficamos quase uma hora e decidímos partir pois o dia seguinte seria cheio, teríamos que acordar cedo.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Copacabana / Puno - 14/09/2007


Acordamos às 7:00hs, tomamos um café num restaurante e depois fomos para a praia do Lago Titicaca de onde saía o barco para a Isla del Sol.
O passeio que nós contratamos foi de conhecer apenas a parte sul da ilha, retornando à ilha às 12:30hs.

O barco que nós havíamos contratado o passeio ele era para o passeio do dia todo, ou seja, retornava somente no final da tarde. Com isso tivemos que mudar de barco.
Pegamos o dinheiro de volta e interamos em mais B$5,00 cada para mudar de barco.
Quando nós entramos no barco fomos direto para a parte de cima para poder apreciar a paisagem e curtir melhor o passeio.

No barco nós conhecemos um brasileiro de São Paulo, Flávio seu nome. A partir desse momento nós formamos um só grupo.
Após uma hora e meia de navegação pelo lago, nós chegamos na Isla del Sol. A gente desce num pequeno cais e já temos contato com construções pré-incaicas.
Na ilha nós só temos uma hora para poder conhecer o máximo que puder.

Saindo da praia já começa uma escadaria imponente pela sua construção.
Contratamos o serviço de uma guia local para nos explicarmos sobre as coisas do lugar por B$7,00. O guia fica conosco aproximadamente 30 minutos. Ele acaba de nos explicar as coisas ao final da escadaria. Daí em diante você tem a opção de continuar subindo até o povoado.

Hamilton e o Flávio decidiram voltar e eu decidí seguir em frente. Continuei subindo um pouco mais o caminho para o povoado. Na subida lenta é possível sentir a energia positiva do lugar.
Subí 10 minutos mais até o começo do povoado. Decidí descer, pois tinha qye estar na praia às 11:00hs.

A partida do barco se deu às 11:10hs. De novo fomos em cima do barco.
Após 5 minutos de navegação, o barco pára num pequeno cais onde tem a ruína de uma construção pré-incaica. A entrada custava B$5,00, eu não tinha mais boliviano nenhum, oferecí US$1,00 à chola que ficava ba entrada da ruína controlando a entrada e ela aceitou.
A ruína é maravilhosa, tem vários quartos ou salas. Não sei se era uma casa ou ponto de observação de aproximação da ilha, só sei que essa ruína é surpreendente.

Em seguida voltei para o barco e fomos direto para Copacabana. Chegamos faltando apenas 30 minutos para sair o ônibus. No embarque do ônibus a gente reencontrou o Flávio.
Após 10 minutos de viagem já se chega na fronteira do Peru.

Todos descem do ônibus para fazer a aduana de saída da Bolívia, em seguida todos atravessam a fronteira a pá. O ônibus fica esperando do lado peruano. Após atravessar a fronteira é preciso passar pela aduana peruana.
Passaporte carimbado; troco os primeiros dólares por soles alí mesmo. Embarcamos no ônibus e seguimos viagem. Dentro do ônibus fica um homem oferecendo serviços de passeios e hospedagem em Puno e também passagens para Cusco.

Resolvemos fechar com ele um pacote de S$50,00 (soles) que continha:
- passeio para as ilhas flutuantes dos Uros
- passagem Puno/Cusco

Tudo era com horário casado. Ao desembarcarmos do ônibus em Puno já tinha uma van nos esperando para nos levarmos ao porto de onde sai os barcos para as ilhas flutuantes.
Chegamos no porto, eu perguntei ao motorista da van se tinha algum problema d'eu deixar uma sacola no carro, ele falou que não tinha problema.
Seguimos para o barco. Esperamos mais alguns minutos até chegarem umas turistas coroas.

Beleza, todo mundo dentro do barco. O guia, um cara muito safo do assunto "Uros", explicando todas as coisas necessárias e história antes de chegarmos às ilhas.
O barco depois de minutos de navegação se adentra o que eles chamam de rio, são canais naturais de totora.
A primeira ilha todos desembarcam. As velhas que entraram no barco cheio de gás, fotografando e filmando tudo, uma já não desceu.

A ilha é simplesmente impressionante. É difícil, talvez impossível passar usando palavras como vive aquele povo. A história deles, de como eles surgiram.
Vamos lá, vou tentar resumir a origem deles:




A civilização dos Uros se dá após o aparecimento dos Incas.
Os Incas tinham o costume escravizar outros povos mais fracos e menores para gerar mão de obra para suas construções. Os Uros eram um povo pequeno e pacífico que viviam às margens do Lago Titicaca.
Quando os Incas apareciam os Uros íam para o seus barcos e se adentravam ao lago, pois os Incas não ingressavam. O Lago Titicaca para os Incas era sagrado, então com isso eles nunca entravam no mesmo.
Daí em diante os Uros começaram a viver dentro do lago direto. Inicialmente eles viviam dentro de suas próprias embarcações, mas aí começou a acontecer vários acidentes, como crianças caíndo dentro da água e morrendo, incêndio. Fio quando eles começaram a desenvolver a técnica da criação das ilhas flutuantes.

A história é mais ou menos por aí.

Nessa ilha, o chefe nos explica várias coisas, como é feito a ilha, a ancoragem e outras coisas mais.
Após uma excelente explicação e andada pela ilha voltamos para o barco, partimos para uma outra ilha. Nessa ilha já estão as 3 velhas dormindo e nem se dão o trabalho de se mexerem para descer do barco.
O restante todo desceu do barco, fomos de encontro ao chefe dessa ilha. Cada ilha tem um chefe que é eleito de 6 em 6 meses um novo.

As ilhas flutuantes, o povo de rosto queimado do frio é algo imperdível, é simplesmente fantástico!!!


Voltamos para o porto para pegarmos a van para a rodoviária. Quando eu vejo a van era outra e a minha sacola tchau. Ainda bem que só tinha biscoitos, barras energéticas e um saquinho de bala de coca.
Chegamos na rodoviária às 19:00hs, o ônibus partia às 20:45hs. Jantamos no segundo andar da rodoviária. Tivemos o primeiro contato com "Inka Cola", muito bom o sabor, pena que é enjoativo se tomar muito.

O ônibus partiu com mais de meia hora de atraso. O ônibus era de dois andares, então o cara que nos vendeu o pacote foi muito legal com a gente, deixou o primeiro andar reservado somente para nós turistas, era o número certo, 8 passageiros.
A viagem foi longa e eu praticamente não conseguí dormir.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Quarto e Último Dia em La Paz / Copacabana- 13/09/2007

Acordamos cedo para deixar as mochilas arrumadas para a partida para Copacabana. Tomamos café e esperamos o transporte do passeio.
Já todo mundo dentro do micro-ônibus, partimos em direçao ao Vale de La Luna. O Vale fica praticamente na zona urbana de La Paz. É um passeio interessante, nada mais do que isso.

Poder observar como a natureza esculpiu uma regiao montanhosa em uma área que faz lembrar as fotos de regioes lunares. Meia hora de passeio guiado chegamos ao fim desse passeio.

Voltamos para o micro-ônibus e o destino agora era o Monte Chacaltaya. Lugar que realmente eu nao vía a hora de conhecer.
O caminho para lá passa por lugares que levantam dúvidas do tipo:
- Será que é esse caminho mesmo?
- Será que esse caminho é oficial?

Essas perguntas vem por que o caminho passa por lugares muito feios.
O começo da subida é uma estrada toda de chão e esburacada. Depois de minutos é possível ver o Monte Chacaltaya ao fundo.
Depois de um tempo a estrada fica menos pior, fora e longe de qualquer coisa. A subida é contínua.
Pelo caminho nós temos o primeiro contato com llamas, tinha um pequeno rebanho na beira da estrada. Fazemos uma pequena parada para tirarmos fotos dos montes nevados e lagos na parte de baixo. Em seguida continuamos continuamos subindo, o frio aumenta cada vez mais do lado de fora da van. Mais chão e o gelo começa a aparecer pelo caminho, a cada metro andado a quantidade de gelo é maior, até que chega uma parte que é gelo pra todo lado.

Alguns minutos depois é possível ver a estação. Chegando a estação eu vejo uma coisa que eu não conseguía acreditar, um cachorro "vira-lata pêlo curto safado" brincando na neve tentando pegar dois pássaros que estavam por lá.
A van passou direto pelo cachorro.
Quando a van pára e eu desço, quem já estava por lá olhando todos os passageiros? Ele mesmo, o vira-lata pelo curto safado.

A gente anda bem devagar até a estação do Chacaltaya.
Na chegada ao Chacaltaya eu me lembrei do comentário de uma outra pessoa que já tinha ido lá, pois comigo foi a mesma coisa. Foi assim: eu nao sentí nada quando cheguei lá, nao sentí meus braços, minhas pernas, cabeça, nao sentí nada.

O frio, a altitude tudo sao características fortes para a passada ser muito lenta.
A gente entra pela estaçao, atravessa ela e sai pelo outro lado para podermos subirmos 200 metros até um pico. A subida é muito lenta, sao poucos passos e muita respiraçao com pouco oxigênio. A neve começa a cair. Todos tiram várias fotos. É inevitável nao brincar com a neve. A subida é muito difícil, a cabeça ainda dói um pouco. A respiraçao fica muito ofegante. Mas ainda assim é muito prazeroso ir ao Chacaltaya.

Estava conversando com a guia e ela estava falando que nao seria capaz de ver nada no topo, pois estava tudo nublado, entao com isso eu resolvo parar a subida na metade. Era até uma boa desculpa também pra mim, pois estava quase morto sem oxigênio.
Após uma sessao de várias fotos eu começo a descer. A descida tem que ser bem lenta, pois o gelo escorrega muito e tem várias pedras pelo caminho.
Quando chego na estação fico do lado de fora, deixando a neve cair no corpo. Só depois resolvo entrar na estação.

Dentro também tem uma área onde as pessoas podem tomar café quente, chá de coca, se alimentarem e descansar um pouco. Após uns 15 minutos de descanso a gente embarca na van para o retorno à La Paz.

Chegando à La Paz nós fomos pegar os casacos impermeáveis que tínhamos mandado fazer. Acertamos o saldo restante, o casaco custou B$265,00.
Fomos ao hotel, pegamos nossas mochilas e fomos para a rodoviária. Chegamos às 16:30hs e a saída era para 17:30hs. Me apresentei no guichê e a vendedora falou que iria me chamar às 17:00hs.
Quando foi 17:00hs ela falou para eu ir com um motorista de táxi que trabalhava para ela até o ponto da van que nos levaria para Copacabana. A partida teve um pouco de atraso como em tudo na Bolívia tem.

Três horas de estrada a van pára na beira de um estreito do Lago Titicaca, algumas pessoas desembarcam da van para atravessar o estreito de barco. Eu prefiro acompanhar a van na balsa e pelo lado de fora.
A van embarca na balsa de madeira motorizada e eu fico do lado de fora tomando cuidado para nao cair nos buracos que ela tem. Para eles é trabalho, para mim foi um passeio de 12 minutos, além de muito frio na passagem é muito lindo ver um céu tao estrelado. Passageiros da van também tem que pagar B$2,00 para a balsa.

Ao chegar do outro lado embarco na van para seguir viagem. Copacabana fica a uns 20 minutos desse ponto.
Chegamos em Copacabana às 21:20hs. Pegamos uma rua que estava bem iluminada e paramos no primeiro hotel que encontramos, pois estávamos cansados demais para ficar rodando preço e além do mais a estadia foi de B$40,00.
Nós tomamos um banho e descemos para pagar a conta e jantarmos. O dono do hotel, Sr. Félix, vendia também o passeio para Isla del Sol e as passagens para Puno.

O total da conta foi:
estadia - B$40,00
passeio para Isla del Sol - B$25,00 cada
passagem Copacabana/Puno - B$25,00 cada
Saímos para jantar e a conta foi de B$35,00 para os dois.