A Marisol chegou 6:50hs e ela nos levou até onde a van estava com todos que partiriam para a trilha.
O Jarbas não apareceu mesmo.
Ficamos conhecendo os sul-coreanos que iriam fazer a trilha também, mas eles estavam por outra agência, mais o guia deles.
Eu e o Hamilton tínhamos uma guia somente para nós.
Na van partímos partímos para Ollantaytambo, após uns 40 minutos chegamos. Uma parada de meia hora para tomar café(desayuno) e comprar um cajado para a trilha. Alías, é super importante ter um cajado para essa trilha, eu recomendo mesmo.
Café tomado e cajado comprado, voltamos para a van e o destino agora era o Km 82, local de partida para a caminhada. O frio na barriga é inevitável.
Perguntas vem à cabeça: "Será que vou conseguir?", "Será que é muito pesado a trilha?" e por aí vai.
Não tem jeito, só fazendo mesmo.
Eu estava receoso pois a minha mochila estava pesada.
Comecei a ver os gringos carregando só uma pochete com água e a mula aquí com um mochilão com roupas de frio, necessaire, saco de dormir, 3 garrafas de gatorade e o isolante térmico.
No começo da trilha, antes da ponte de cabo de aço, tem um posto de controle de acesso. Eu estava preocupado, pois eu corria o risco de ser barrado na trilha; pelo seguinte, quando eu reservei a trilha eu fiz com número da identidade, que foi a mesma que eu deixei na loja em Cusco o qual tinha alugado uma lanterna de cabeça e o saco de dormir do Hamilton, como forma de penhora. Eu só tinha ficado com o passaporte.
A guia "Mabi" conversou com o fiscal do acesso, ele ficou me olhando mas não criou nenhum caso. Tive sorte, pois já fiquei sabendo de pessoas que tiveram que voltar sem fazer a trilha por que não tinha levado o documento usado no registro da trilha.
Bem , vamos lá, pé na estrada, ou seja, pé na trilha.
A trilha começa de forma suave, somente lugares planos. Começo a prestar atenção nos carregadores, são todos eles quéchuas, os caras são surpreendentes, enquanto a gente anda com dificuldade, eles passam correndo pela gente, com mochilas improvisadas, a maiorira carregando 25Kg de carga, coisas do tipo: armações das barracas, comidas, botijão de gás e outras coisas.
Alguns momentos depois começam a aparecer algumas subidas. O receio ainda é grande, o medo do corpo não conseguir responder bem devido a altitude. Mas o importante mesmo é não parar de vez, devagar mas sempre.
No primeiro dia de trilha já é possível contato com construções incas rústicas.
A gente pára num ponto paradisíaco para almoçarmos. Eu não estava acostumado com isso, nunca tinha parado numa trilha para almoçar. Depois de alguns minutos o almoço já estava pronto.
Comida maravilhosa, muito bem servido, o serviço até parece de restaurante, excelente.
Após o almoço descansamos um pouco e seguimos viagem.
As subidas começaram a aparecer e o Hamilton já não mais feliz com a trilha, ele seguia falando que não conseguía admirar a pasisagem pois só fazia força para andar. Faltando 20 minutos para o ponto do acampamento ele decidiu voltar. Era uma pena, pois ele tinha esperado por esse momento há meses, assim como eu.
Chegamos no ponto de acampamento, as barracas já estavam todas arrumadas e a comida já estava sendo preparada. É impressionante, quando eu saí do ponto do almoço deixei todos os carregadores para trás arrumando a barraca do almoço e lavendo as louças, quando chego no ponto do acampamento, eles já estão lá com tudo arrumado, por aí se tem uma idéia da velocidade que eles andam na trilha.
No acampamento conversei com o Hamilton para ver se ele mudava de idéia, mas nada conseguí, ele estava decidido mesmo a voltar para Cusco.
A Mabí conversou com ele para ver se era isso mesmo que ele queria fazer, ele disse que sim. Então ela recrutou um carregador para voltar à Ollantaytambo com ele, já que turista nenhum é permitido andar sozinho na trilha.
Nós jantamos, conversamos um pouco com todos do grupo e fomos dormir.