Acordamos às 7:00hs, tomamos um café num restaurante e depois fomos para a praia do Lago Titicaca de onde saía o barco para a Isla del Sol.
O passeio que nós contratamos foi de conhecer apenas a parte sul da ilha, retornando à ilha às 12:30hs.
O barco que nós havíamos contratado o passeio ele era para o passeio do dia todo, ou seja, retornava somente no final da tarde. Com isso tivemos que mudar de barco.
Pegamos o dinheiro de volta e interamos em mais B$5,00 cada para mudar de barco.
Quando nós entramos no barco fomos direto para a parte de cima para poder apreciar a paisagem e curtir melhor o passeio.
No barco nós conhecemos um brasileiro de São Paulo, Flávio seu nome. A partir desse momento nós formamos um só grupo.
Após uma hora e meia de navegação pelo lago, nós chegamos na Isla del Sol. A gente desce num pequeno cais e já temos contato com construções pré-incaicas.
Na ilha nós só temos uma hora para poder conhecer o máximo que puder.
Saindo da praia já começa uma escadaria imponente pela sua construção.
Contratamos o serviço de uma guia local para nos explicarmos sobre as coisas do lugar por B$7,00. O guia fica conosco aproximadamente 30 minutos. Ele acaba de nos explicar as coisas ao final da escadaria. Daí em diante você tem a opção de continuar subindo até o povoado.
Hamilton e o Flávio decidiram voltar e eu decidí seguir em frente. Continuei subindo um pouco mais o caminho para o povoado. Na subida lenta é possível sentir a energia positiva do lugar.
Subí 10 minutos mais até o começo do povoado. Decidí descer, pois tinha qye estar na praia às 11:00hs.
A partida do barco se deu às 11:10hs. De novo fomos em cima do barco.
Após 5 minutos de navegação, o barco pára num pequeno cais onde tem a ruína de uma construção pré-incaica. A entrada custava B$5,00, eu não tinha mais boliviano nenhum, oferecí US$1,00 à chola que ficava ba entrada da ruína controlando a entrada e ela aceitou.
A ruína é maravilhosa, tem vários quartos ou salas. Não sei se era uma casa ou ponto de observação de aproximação da ilha, só sei que essa ruína é surpreendente.
Em seguida voltei para o barco e fomos direto para Copacabana. Chegamos faltando apenas 30 minutos para sair o ônibus. No embarque do ônibus a gente reencontrou o Flávio.
Após 10 minutos de viagem já se chega na fronteira do Peru.
Todos descem do ônibus para fazer a aduana de saída da Bolívia, em seguida todos atravessam a fronteira a pá. O ônibus fica esperando do lado peruano. Após atravessar a fronteira é preciso passar pela aduana peruana.
Passaporte carimbado; troco os primeiros dólares por soles alí mesmo. Embarcamos no ônibus e seguimos viagem. Dentro do ônibus fica um homem oferecendo serviços de passeios e hospedagem em Puno e também passagens para Cusco.
Resolvemos fechar com ele um pacote de S$50,00 (soles) que continha:
- passeio para as ilhas flutuantes dos Uros
- passagem Puno/Cusco
Tudo era com horário casado. Ao desembarcarmos do ônibus em Puno já tinha uma van nos esperando para nos levarmos ao porto de onde sai os barcos para as ilhas flutuantes.
Chegamos no porto, eu perguntei ao motorista da van se tinha algum problema d'eu deixar uma sacola no carro, ele falou que não tinha problema.
Seguimos para o barco. Esperamos mais alguns minutos até chegarem umas turistas coroas.
Beleza, todo mundo dentro do barco. O guia, um cara muito safo do assunto "Uros", explicando todas as coisas necessárias e história antes de chegarmos às ilhas.
O barco depois de minutos de navegação se adentra o que eles chamam de rio, são canais naturais de totora.
A primeira ilha todos desembarcam. As velhas que entraram no barco cheio de gás, fotografando e filmando tudo, uma já não desceu.
A ilha é simplesmente impressionante. É difícil, talvez impossível passar usando palavras como vive aquele povo. A história deles, de como eles surgiram.
Vamos lá, vou tentar resumir a origem deles:
A civilização dos Uros se dá após o aparecimento dos Incas.
Os Incas tinham o costume escravizar outros povos mais fracos e menores para gerar mão de obra para suas construções. Os Uros eram um povo pequeno e pacífico que viviam às margens do Lago Titicaca.
Quando os Incas apareciam os Uros íam para o seus barcos e se adentravam ao lago, pois os Incas não ingressavam. O Lago Titicaca para os Incas era sagrado, então com isso eles nunca entravam no mesmo.
Daí em diante os Uros começaram a viver dentro do lago direto. Inicialmente eles viviam dentro de suas próprias embarcações, mas aí começou a acontecer vários acidentes, como crianças caíndo dentro da água e morrendo, incêndio. Fio quando eles começaram a desenvolver a técnica da criação das ilhas flutuantes.
A história é mais ou menos por aí.
Nessa ilha, o chefe nos explica várias coisas, como é feito a ilha, a ancoragem e outras coisas mais.
Após uma excelente explicação e andada pela ilha voltamos para o barco, partimos para uma outra ilha. Nessa ilha já estão as 3 velhas dormindo e nem se dão o trabalho de se mexerem para descer do barco.
O restante todo desceu do barco, fomos de encontro ao chefe dessa ilha. Cada ilha tem um chefe que é eleito de 6 em 6 meses um novo.
As ilhas flutuantes, o povo de rosto queimado do frio é algo imperdível, é simplesmente fantástico!!!
Voltamos para o porto para pegarmos a van para a rodoviária. Quando eu vejo a van era outra e a minha sacola tchau. Ainda bem que só tinha biscoitos, barras energéticas e um saquinho de bala de coca.
Chegamos na rodoviária às 19:00hs, o ônibus partia às 20:45hs. Jantamos no segundo andar da rodoviária. Tivemos o primeiro contato com "Inka Cola", muito bom o sabor, pena que é enjoativo se tomar muito.
O ônibus partiu com mais de meia hora de atraso. O ônibus era de dois andares, então o cara que nos vendeu o pacote foi muito legal com a gente, deixou o primeiro andar reservado somente para nós turistas, era o número certo, 8 passageiros.
A viagem foi longa e eu praticamente não conseguí dormir.